VISÕES DA TRAGÉDIA

Ainda que apenas uma só vida se tivesse perdida já seria bastante para diminuir 
a nossa condição humana.



A perspectiva humana, diante dessa “tragédia chuvosa” que assola a região serrana do Rio de Janeiro, chega a faltar palavras aptas a expressar a dor escruciante em face das mortes de centenas de vidas humanas, das famílias destruídas, dos pais que perderam seus filhos, filhos que já não tem seus pais... 

A perspectiva material, contudo, não revela nada significante, salvo se o objetivo for cair no autoengano e na exculpação dos responsáveis de fato e de direito, para o Brasil continental, com mais de 190 milhões de habitantes, transformado em elísio, potência econômica, quintessência do universo, construído do nada pelo governo Lula, a partir do ano de 2003, propalado o senhor de todas as coisas nestepaiz, com as realizações esculpidas em 2.000 páginas e registradas em cartório.

Portanto, a percepção material desses acontecimentos como algo sem precedentes, impossível de se preverem as causas e os efeitos, apenas contribuiu para a mistificação, para a propagação da mentira, em favor dos incompetentes para governar, mas eficientes na tomada do estado.

(Ilustração "Só Deus" de Francisco Metrass) 

(Leia aqui: BERLINDA ISONÔMICA - A natureza política: enchente em SP, tragédia no RJ)

Comentários

  1. Depois de culpar o povo, que ocupa as encostas, como se não tivesse apoio de políticos oportunistas para isso, e os índices pluviométricos, agora Cabral Wally resolveu culpar o INPE, que, no julgamento de Cabral, não teria feito a previsão corretamente.

    Não é assustador, um governador assim?

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  2. E se eu te falar que um pequeno IML de uma pequena e outrora bucólica cidade, as 10 gavetas não abrigam a centena de corpos que se amontoaram?

    Que legista acostumada com a solidão da morte, chorou.

    E que fizeram? Fecharam a rua para evitar que as pessoas sentissem o cheiro e arrumaram um caminhão.

    Enquanto isso um governador se ofende com perguntas e um prefeito rejeita ajuda. Nota só quem fez alguma coisa foram os bombeiros e particulares.

    Ah e a presidenta se econtra com um certo expirado para discutir aviões supersônicos!!

    Isso não é uma história de terror, é o RJ, Brasil

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  3. Sem sombra de dúvida, em seis meses os governantes deixarão de priorizar as regiões de tragédias em todo o Brasil. Uma lástima!

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