CAI A NOITE



Não finja que não percebeu.
Não viu.
Você notou, entendeu

Eu vi
Sim, eu sei. Eu entendi.
Aquele arrepio sutil
Aquele suspiro febril


Vem!

Não é carnaval.

É dançar em silêncio
Sussurrar palavra alguma

Duas máscaras no chão
No ouvido, só a voz, 
ainda rouca. Ainda...
"Eu gosto e você sabe"

Não é um mar turquesa

Mas é a chuva na janela
Não é festa na areia
Nem é avenida em festa.

É o brilho em taças

Em duas.
E no olhar, e no tremor das mãos.

Sim, eu sei, eu entendi.
Não é carnaval,
Mas é aqui que você se entrega.

Vem.
Aqui, não é, nunca,
Só carnaval.

Comentários

  1. Velvet, esses versos vieram como um bálsamo que cura, uma proposta que revela, um convite que abre a porta para algo que não se denomina!

    Parabéns!

    Abraços sempre afetuosos.

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  2. Oi Regina
    gosto muito de seu blog, que tambem é seguido pelo coronel.

    Um grupo de pessoas daqui de Brasilia está se organizado para dar nossa contibuiçao contra algumas coisas muito erradas que as esquerdas fazem em nossa cidade. Gostaria de te convidar para ir em nosso proximo encontro. Somo, logacamente, todos legalistas e de direita.

    entre com contacto comigo, please.

    abraços
    Marcelo Hermes-Lima
    emai: cienciabrasil@gmail.com

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  3. mar na porta
    pavão no jardim
    lagarto na estrada
    gato no colo
    cachorro no osso
    longe aqui

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