CAI A NOITE



Tão doce amor, não parto por cansaço de ti,
Nem espero que o mundo me mostre amor mais digno de mim.
            Mas, uma vez que
      Por fim, terei que morrer, é melhor
      Gastar-me de prazer
            E assim de fingidas mortes morrer.
Quando suspiras, não suspirar ar, mas evolas a minha alma,
Quando choras, cruel carinhosa, definha o sangue da minha vida.
            Não é possível
      Que me ames como dizias
       Quando, na tua, a minha vida desperdiças,
            Tu que és o melhor de mim.
Não deixes teu coração advinho prever-me algum mal,
O destino pode revezar-te e executar teus receios.
            Imagina antes que nós
      Nos viramos de lado para dormir:
      Aqueles que um ao outro se guardam
            Em vida, nunca serão apartados.
John Donne

Comentários

  1. Conseguimos entrar pelo WebCache do Google.
    http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:http://www.venenoveludo.com/

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  2. La petite mort...

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