FIRE: NO RULES!


"Que é, pois, o que se opera na alma, quando se deleita mais 
com as coisas encontradas ou reavidas que estima, do que se as possuísse sempre?" 
(Santo Agostinho de Hipona)


Ah, é sagrado! Sim! O corpo vibra, a alma aquece, os sentidos despertam.
O juízo os arrefece... Pois que se abandone o juízo.
Que se permita emergir a convergência dos dois devaneios.
E a realidade, apressadamente, identifique-se com os desejos.
As armaduras, que sejam despidas. As armas, ah, as armas... que as tenham.
Todas, uma a uma. Juntas ou separadas: que sejam bem usadas.
Armas, sem armaduras, só sentidos. Sem juízo, sem as linhas, seguras.
Rompam os limites do castelo: ninguém nasce cheio de regras.
Quebrem os muros, desçam a ponte móvel, atravessem o rio.

Desarme. Entrega.
São transparentes, um ao outro. 

Se sabem, se vêem, se lêem. Como são. Se conhecem.
Se experimentam, testando-os, um a um, aqueles limites. Ultrapassem-os!
Seja como for, como tenha que ser, como seja possível, ser. Acontecer.

Com o que for preciso, jogado, largado, no meio da sala.

Satisfação. Ah... a perfeição da qualidade! Tudo o que é muito bom é muito pouco.
O tempo, pouco. Oportunidade, pouca.
A intensidade dá a eminência dessa matéria sublime!
A perfeição da qualidade. Sem prudência.

Lembrança... A satisfação que se tem, age sobre a vontade, com mais violência.
A intensidade sublime, a perfeição da qualidade, sem prudência,
dá a ela, a essa vontade, todas as pemissões. Desencasteladas.

Que a razão funcione como instrumento, de modo a defender a causa do prazer.
O prazer passado, a imagem dele e suas sensações, a qualidade dele...
ideia do prazer futuro.

Futuro? Presente. Com o que for preciso, jogado, largado, no meio da sala.
O corpo vibra, a alma aquece, os sentidos despertam.
É sagrado, sim!

O juízo.... o juízo, que se dane!

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