MENOS UM: KADAFI

Os valores do conjunto ético e moral que chamamos de Bem, como Verdade, Liberdade e Democracia são absolutos. Têm significados e formas únicas. Nessa manhã de 20 de outubro de 2011, confirmada a morte de um legítimo representante do mal político e humano no mundo, Muamar Kadafi, depois do meu primeiro pensamento elevado em homenagem à seu passamento - menos um, o ar do mundo torna-se um tanto mais respirável - inevitável não me pegar, como em outras vezes, impressionada com a quantidade de formas com que o mal, ao contrário do Bem, pode tomar. 

Assim como na morte de Osama Bin Laden, outro associado do demônio na Terra, e como não faço segredo de ninguém, pouco entendo de relações internacionais, não sou capaz de discorrer sobre o que a morte de Kadafi significará, na prática, para o cenário político mundial. Para isso, já estamos sendo bombardeados de comentários de especialistas pelo mundo, através dos canais de notícias 24 horas, etc. Como descrente absoluta de revoluções, tenho minhas desconfianças com a tal Primavera Árabe, mas isso não diminui o fato de que um tirano a menos a fazer deste planetinha uma sucursal do inferno, é bem melhor do que um tirano a mais. A tirania estabelecida, com seu déspota no poder, é uma das formas que esse mal toma. É mal visível. Com sua extrema crueldade, terror, perseguições, torturas, mortes, e toda sorte de desmandos  cometidos, conhecemos bem o roteiro.

Por aqui, nessas terras morenas, os amigos de Kadafi que nos desgovernam têm seus métodos inspirados nesse mal tirano. Um arremedo de democracia, sem verdadeira liberdade, empurradas por lanças mercenárias, abusando da prática sobretudo do desvio de recursos públicos para benesses privadas. É o que temos. Diferente fisicamente do regime de Kadafi e de outros ditadores amigos dazesquerda destepaiz, nosso mal particular tem um exército, impondo-nos ações restritivas de guardiões morais. De uma moral absolutamente algemada aos valores defendidos por sua ideologia, sendo-nos imposta via subversão exercida, internalizando, o mal e seus valores, por especialistas hábeis na ciência e na arte de explorar a sugestibilidade dos indivíduos e da coletividade. 

O teórico favorito dazesquerda, Gramsci, afirmou que "todo Estado é uma ditadura". Penso eu que, antes de ser uma constatação correta e lógica, sua afirmação seria uma jactância. Já prevendo - desejando - que sua ideologia acabaria por transformar todos os governos do mundo em ditaduras. Não conseguiu. Na velha URSS, na Alemanha Oriental, na antiga Cortina de Ferro, ditaduras foram ao chão, e agora, mais recentemente, nos países Árabes, ditaduras estão ruindo. As ditaduras comunistas  seguem em sobrevida, além da China e Coréia do Norte, na América Latina. É exatamente o que está em curso de implantação - até agora com relativo sucesso - no Brasil. O estado ditatorial brasileiro tem-se imposto através da perseguição do trinômio liberdade de organização social, liberdade de cultura, e liberdade econômica. Ao controlar tudo, extinguindo-se tais liberdades, estabelece o estado seu poder tirânico. 

Quanto mais tirânico, mais corrupto. Ou quanto mais corrupto, usando da sistematização da corrupção para a perpetuação no poder, mais tirânico é o estado. Tal ciclo é o retrato do país que se erigiu no lugar do Brasil, seu desgoverno às voltas com sua obsessão por controle da mídia, à medida em que cada escândalo de corrupção envolvendo seus membros seja noticiado. Calem-se as opiniões livres, ao tempo em que alimente-se de pão e circo a massa ignara, e está estabelecido o sonho gramsciano nestepaiz.

Quando passa desta Terra para o fogo do inferno, um dos tiranos admirados pela gente que forma o desgoverno da Idade das Trevas, pego-me, além dessas comparações, desejando  obviamente não de forma literal, mas metafórica, que existissem cá em CorruPTópolis, forças rebeldes capazes de derrubar, perseguir e extirpar os nossos tiranos tupiniquins.

Arquivo:
DEAD (MUERTO)! PARA BREVE
DEAD!

Comentários

  1. Menina, eu também pensei imediatamente no Lula. Afinal ele perdeu o "amigo, mestre e ídolo". Agora só falta o Fidel.

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  2. Quando chega o dono do armazém, os ratos tem de ser eliminados. Ou então se escondem nos esgotos, onde realmente é o lugar deles. Assim ocupam seu lugar na história, como canalhas prepotentes que eram.

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  3. O Kadafi escondeu Bilhões de dolares fora da Libia. Falam em Alemanha, Inglaterra, Suiça, França e Italia. Falam de quase 30 Bilhões, roubados dos cofres publicos.
    Bem, tem na internet, relatos de mega-investimentos do "malaco" na Bahia, agora feudo do Wagner. Será que foi porisso que a Dilma falou que não se deve comemorar a morte de um ditador ?
    O que tem de brasileiro do PT caindo em cima do espolio do Kadafi não está no mapa...


    Lunarscape

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