CAI A NOITE


O brilho que vem de ti
Vagueia, mostrando-se meio às velas e ao tempo
Firma-se do teu pensamento
Até tomar própria forma, tuas palavras
Que brilham por si.

Nem antes ou depois, nem agora
Ou num intervalo, um minuto, qualquer hora
A qualquer momento, tu, teu brilho desce sobre mim
Prisioneira de tua coragem, rio e choro
Seduzida em tua viagem.

Nada disso nem tudo por isso
É céu ou inferno nem riso ou lágrima
Tudo em ti é no solo o paraíso, na relva, no chão
É navalha na carne e afeto puro
Pura ternura, vida em confissão.

Teu brilho em mim é como tu, quente
Como são as tuas mãos
As batidas - em meu peito - do teu coração
Tua voz, teus lábios, o sorriso de tuas raízes
Nem perto nem longe, tudo eternamente
Presente.



Comentários

  1. Teu texto não necessita de adornos e nem complementos... Belo!

    Ainda assim, essa música é um charme e a letra dela uma viagem de volta para casa!

    Abraços sempre afetuosos.

    Fábio.

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  2. Bem isso mesmo, Fábio, você "pegou" a relação que aparentemente inexiste entre texto e música: uma volta para casa, o conforto do que se conhece desde sempre, fora de qualquer tempo. Onde suas raízes estão. A segurança de poder brilhar como merece, porque o brilho é benvindo. E livre. Em casa, no conforto, seu coração pode bater tranquilo, em paz. Obrigada pela presença constante do Casal por aqui. Quando vocês não aparecem, fazem falta. Bom dia!

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