CAI A NOITE


Faz baixar, radiante deus – há campos sedentos
Do frescor do orvalho, homens tombam combalidos,
lassos se deslocam os corcéis –
Vem, faz baixar à terra o teu carro.

Vê quem, das ondas cristalinas do mar,
Meiga, a sorrir te acena! O imo te diz quem é?
Mais céleres voam os corcéis,
Vê, Tétis, a divina, te acena.

Rápido, o condutor logo do carro desce,
nos braços dela cai, Cupido assume a rédea,
Inertes se mantêm os corcéis,
se embebem da torrente a frescura

Pelos céus a se alçar, em seu silencioso passo,
Baixa, olorosa, a noite; a ela se segue o lasso
Amor, Ah, sim, repousai e amai!
Febo, o amante, a repousar está.


Johann Christoph Friedrich von Schiller

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