O 11 DE SETEMBRO DE CADA UM


Esta data é como o dia D, aquele, da Normandia, Segunda Guerra Mundial. Um dia que abalou e mudou o mundo, como o conhecemos. O 11 de setembro é um dia de não celebrar. Dia de perdas humanas, de perda da dignidade e mesmo da esperança. Dia em que, como eu mesma falara, todos perdemos a inocência: foi um dia de perda de direitos e de liberdade. 

Impossível ficar imune à ele, e não ser mais um na multidão a discorrer sobre a data e o tema. Redizer o que já foi dito, portanto, cabe. Abaixo, o que o Veneno Veludo já falou sobre o tema. Quem tem amigos não morre pagão, uso e abuso dos meus. Clique nos títulos em destaque para ler cada depoimento.

O 11/09 de cada um: O ataque terrorista em solo americano seria um marco de mudança nas relações do estado americano com o mundo, segurança reforçada, alteração no trato dos estrangeiros indo para os EUA e toda uma convivência entre americanos e o resto do mundo ocidental. Digo com toda a propriedade que o ataque de 11 de setembro foi um marco tão importante na história da humanidade quanto o ataque Japonês ao Pearl Harbour. A retaliação no Afeganistão e no Iraque é pouco, muito pouco diante da ameaça insana que o Fundamentalismo Islâmico representa. (Lunarscape, o roqueiro carioca-dinamarquês especialista em vinhos que é médico por inconsistência do destino.) 

A matéria que eu não queria ter escrito: Ah, e o que dizer daquela cena de Bush sentado em um baquinho com um livro de história infantil na mão e com um olhar incrédulo? O ex-presidente foi muito criticado, mas a incredibilidade dele refletia a de todos. A daqueles que assistiam atônitos das ruas de Nova Iorque o transcorrer da tragédia. A dos bombeiros tentando concluir por onde começariam. A dos policiais lutando para criar um pouco de ordem em meio ao caos. E também no sentimento de todo mundo em não querer acreditar em todo aquele horror que via pela televisão. E nós, tão acostumados a fazer perguntas e procurar respostas sentimos toda a nossa impotência. Naquele momento nós éramos como todos, apenas testemunhas oculares da História. (Mirtes Guimarães, a jornalista mineiroca que traduz o cotidiano como poucos.)

O inferno chega pelo céu: Como piloto, e tendo voado justamente o Boeing 767 durante os últimos doze anos, aquilo era uma imagem dantesca que, beirando o impossível, não tinha nexo. Parecia imagem de um filme com efeitos técnicos digitais. Realmente demorei muito para que a ficha caísse. Chorei! (...) Tecnicamente, levei uma semana para entender. Como seria possível, pilotos amadores, dominarem aquelas máquinas de última geração, colidir contra o World Trade e contra o Pentágono do país mais livre e democrático do mundo? (Barenna é Comandante, carioca e poeta de Dona Baronnete.)

Um esquerdista enterrado nas cinzasTodo mundo hipnotizado, de olhos fixos, e quando entrei o segundo avião se chocava com as Torres. Minha primeira reação foi de incredulidade. Perguntei onde era aquilo e me disseram o inacreditável: NY. No World Trade Center, as torres gêmeas. O pouco antiamericanismo que havia sobrado dos meus anos de petista sumiu de repente. ao fundo um notório petralha da cidade praticamente tinha orgasmos, dizendo que foi bem-merecido, bem feito, da mesma forma que eu havia visto durante o enterro de Tancredo, quando o caixão passou em frente à Assembléia. (Denilson Cicote que escreve sobre humor e política na medida certa.)

Outro sentido substitui a visão: Apenas, muitos dias após do fato, deparei-me com parte dele. Parte e apenas parte dele chegou a mim, e ainda não logrei apreendê-lo todo. Jamais! (...) Então, em mim senti o vazio daquele espaço macabro, outrora ocupado pelas “Torres Gêmeas”, símbolo do poderio econômico do país que, a despeito da distância física, sempre admirei pela proximidade da força espiritual do seu povo, pela solidez dos seus valores fundamentais, sobretudo pelo defesa da liberdade individual e da democracia. (BSchopenhauer, o filósofo alemão das Minhas Geraes, capaz de fazer stalinista chorar.)

A receita do medo:  As ideologias esquerdistas primam por entronizar o deus-estado, em lugar de qualquer tipo de liberdade religiosa que seja. No Islã, a coisa é mais complicada ainda porque é invertida: utiliza-se da religião oficial obrigatória para entronizar o líder político como deus (trocando grosseiramente em miúdos). De todo o tipo de terrorismo, o disfarçado de luta religiosa é o mais extremista. Há o domínio pelo terror, puro, mesmo. A Al-Qaeda, naquele 11/9, quis registrar seu recado e conseguiu. Estabeleceu em larga escala o padrão do novo terrorismo, fundado no dogma teocrático e no fundamentalismo religioso, com poder de mobilização extremo, perigoso demais por ser desconhecido, muito bem organizado e praticamente impossível em sociedades laicas. (Regina Brasilia, eu, a Velvet Poison que naquele 11/09 ainda não era nem Deadoc)

11/09 O que você fazia? (vários depoimentos) 

Comentários

  1. Não me recordo muito bem daquele dia fatídico de setembro de 2001, eu estava tomando medicamentos fortes contra ansiedade e depressão, pois estava em pleno andamento o processo de Gang Stalking do qual eu era vítima, e esses remédios me deixavam meio que fora do ar.
    Apenas lembro que cheguei ao trabalho e comentei que nas 2 últimas semanas a imprensa havia estado meio que sem assunto, mas que na noite anterior tinha ocorrido o assassinato do Toninho do PT, o que renderia bastante notícia para as próximas semanas.
    Ainda pela manhã, por volta de 10 horas, começaram a comentar lá no trabalho sobre o ataque às torres gêmeas, logo ligaram uma TV que lá existia, e eu pude comprovar que Einstein mais uma vez acertara, ao dizer que apenas 2 coisas eram infinitas, o Universo e a estupidez humana, sendo que ele não estava bem certo a respeito do Universo.
    A partir desse evento, a cobertura do assassinato do Toninho do PT, pela imprensa, ficaria sempre em segundo plano, e o fato acabaria até por ser esquecido.
    Sobre o ataque às torres gêmeas, e também ao Pentágono, eu sempre acreditei que aquilo poderia ter sido um trabalho interno, alguma coisa que o próprio governo dos EUA planejou e executou, para justificar a sua investida contra o Iraque e depois contra o Afeganistão.
    Se isso é verdade ou não, nós nunca iremos saber, mas uma coisa é certa: o Mundo nunca mais foi o mesmo depois de 11 de setembro de 2001.
    Nesta data, 11 anos passados desde o “ataque terrorista” aos EUA, cabe uma pausa para fazermos uma reflexão sobre o que melhorou no Mundo, o que melhorou para a população do planeta desde então, e a triste conclusão a que chegamos é que nada melhorou; as coisas ou estão iguais ou pior.
    Gostaríamos muito de ver, nesta data de 11 de setembro de 2012, as lideranças mundiais, ainda que fracas, fazendo uma pausa para reflexão sobre como podem ajudar a salvar a Humanidade do precipício que se aproxima.
    A nós, cidadãos comuns, cumpre-nos o dever de orar e pedir a Deus que ilumine os nossos governantes, para que eles tomem as decisões corretas para salvar a Terra da tormenta que já se faz presente.
    @BobWebBB

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  2. Menina, ainda me arrepio ao ler os relatos.

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