O PRIMEIRO DIA ÚTIL DE 153 DIAS DE SERVIDÃO



Depois daquilo que o brasileiro mais gosta, festa muita, muita comida, bebida, farra, fogos de artifício, e mais abraços e beijos e juras de felicidade trocadas - como se não houvesse discórdia, encrenca, inveja, despeito, dissabores, ódio e fofoca durante o ano inteiro - chegou o primeiro dia útil do ano novo. Ano novo que, para os expropriados, só começa daqui a cinco meses, já que nós, os "impostuintes", precisamos trabalhar 153 dias exclusivamente para manter a máquina do estado e as benesses dos que dela se locupletam. Estado que segue com seu anão parasita vermelho em forma de governo, sem contrapartida ao cidadão, registre-se. Primeiro dia útil do novo ano, e o certo é que sabemos o que não esperar. Porque sabemos exatamente com o quê podemos contar. O perigo, o mal, o inferno "Abyssus abyssum invocat". 

Reforma ministerial? Em vista, sim, mas sem reforma, só ministerial troca de cadeiras, uma ou outra, e sem sombra de mexer nas importantes. Mantega? Esse vai ficando, porque já que ninguém sabe o que fazer com a economia, melhor deixar como está para ver como não fica. Seu ministro da Fazenda, Tombini e cia. ilimitada continuam fingindo que está tudo muito bem, obrigada, e a inflação não está de volta: ninguém tem coragem, disposição nem acha necessário quebrar o espelho de dona presidente... #Dragão. 

Assim funciona bem um governo feito para não funcionar. Operacionalidade? Nem em vista. Governo inerte, zero de avanços em infra-estrutura, exceto alguns dos estádios para a Copa do Mundo, que a um custo muito superior ao orçado inicialmente, vão se consolidando como grandes realizações. E olha que sou do time dos que, na contramão do senso comum, afirma que a Copa do Fuleco será um sucesso. Caríssima, vai quebrar o país antes das Olimpíadas, mas será a catapulta da alto-estima da "nova Classe Média C" para a reeleição da dona Dilma. 

Primeiro dia útil e a saúde pública segue mortinha, e por falta de infra-estrutura acima citada, não tem cemitério para ser enterrada. Vai assombrando quem dela depende. Investimentos em educação diminuem, os índices que medem toda sorte de etapas, da básica à universitária idem. Esse é o sucesso da pasta entregue ao Aloísio Mercadante, prova absoluta de que, em se tratando de PT, tudo o que é ruim certamente fica bem pior com o passar dos tempos. Seguindo por janeiro, ainda chegará a temporada das enchentes. Dias e dias seguidos de chuva em várias regiões do país e, lamentavelmente, já se desenhou a repetição das tragédias do ano passado, e anos anteriores: vidas humanas perdidas por inoperância, irresponsabilidade e desinteresse dos governos. 

Como praxe em anos anteriores, no apagar das luzes de um, antes que o "novo" acenda alguma, o desgoverno que não governa para não correr o risco de acertar, corta recursos do programa nacional de segurança pública, que nunca existiu na prática. Claro que não falta recurso para a campanha do desarmamento do cidadão de bem, porque, afinal de contas, o desgoverno precisa garantir a segurança pública.... dos criminosos de toda sorte, do traficante de drogas e armas, dos assassinos que vitimizam a média de 50.000 brasileiros por ano e que no fim não são punidos porque apenas em torno de 8% desses crimes todos são solucionados nestepaiz. 

Mas isto também pode piorar, porque o governo manipula algumas corporações de policiais para que pressionem o Congresso a aprovar a já muito falada por nós aqui do blog, famigerada PEC 37, que retira o Ministério Público dos processos de investigação de crimes, como se as polícias fossem estrutural, pessoal, administrativa e pericialmente capazes de, exclusivamente, investigar e impecavelmente prover tais processos de provas aceitas em juízo para a condenação dos criminosos. Daí porque é a PEC da Impunidade, sonho de consumo dos bandidos do colarinho branco no poder - e os que tentam nele chegar também. Sem contar que ainda paira a PEC 75, que prevê punição para aquele membro do MP que... investigar. É essa a outra ponta da destruição do Poder Judiciário, através da única instituição que, apesar de até mais aparelhada nos últimos 10 anos, ainda representa, por força da Constituição, e daqueles membros que a têm mais em conta do que os programas ideológicos massificados na vida acadêmica, a expectativa de independência.

Sem surpresa alguma, o desgoverno trabalhou e seguirá trabalhando arduamente para o fim da liberdade de expressão, o enclausuramento dos valores individuais que engessam a democracia. Imprensa genuflexa, Congresso Nacional serviçal e para encerrar o ano em grande estilo, os "intelectuais" das esquerdas patrocinaram, de seu lugar preferido, as Trevas, uma pantomina bufa contra o Poder Judiciário, que fez seu dever de casa no julgamento e condenação dos réus do mensalão. Agem visando uma desmoralização total de um poder que não pode, não deve, não é entendido assim em nenhuma democracia estável no mundo, ser "sensível" à opinião política em geral, a publicada em particular. Como a "opinião pública" é lesa, absolutamente movida pelas cordinhas como marionetes, a grande maioria das pessoas "de bem" embarca na agenda oculta em toda sorte de "causas" desde que tenham aparência de crítica "ética", sem se importar em somar sua "digna indignação" à causa dos escroques. Por única e exclusivamente uma baita preguiça de pensar...

E aqui estamos nós. Mais de 40 milhões de eleitores sem representação, perdendo dia-a-dia, a capacidade de nos orgulhar: oposição inerme, como sói, com agravantes sempre aumentando: as únicas vozes, poucas, aquelas que se abrigam nos dedos de uma mão apenas, não só foram isoladas em seus "ninhos", até mesmo perseguidas, como também receberam desmoralizações de toda sorte, aqui contando com a genuflexão da imprensa para divulgar, principalmente se forem inverdades. Esses, estão como nós, sozinhos. Sem respaldo para o desejo de ver nossos desejos serem respeitados. Se há desgoverno, deveria haver, por óbvio, oposição forte. Sem ela, abrimos mão dos princípios democráticos. Sem ela, o desgoverno seguirá, em 2013, furando nossos olhos.

Como o Diabo gosta, firmes, fortes, resolutos, seguem apenas os três pilares de sustentação do desgoverno petista desde 2003: assistencialismo que fideliza os escravos na boca de urna, propaganda que institucionaliza a perfeição do que não existe e a corrupção, que é a única coisa com que podemos de fato contar como grande obra. O grande legado, que sofreu um ligeiro abalo com o julgamento já citado do mensalão, mas com a propaganda oficial e a oficiosa, quem se importa? O governo tem os meios para seguir extorquindo nossos bolsos, e porque ninguém é de ferro, alguém precisa convencer o cidadão de que a presidente vai baixar a conta de luz de todo mundo, amém, aleluia!

Para acordar no ano novo e sacudir a ressaca do vinho de quinta (tampa de rosca), do espumante doce dos infernos a R$ 8,99 que fez a festa nas tacinhas de plástico, preciso lembrá-los que ainda estão aí a compor a "coalizão republicana" do governo o Sarney que sai da presidência do Senado, mas o Renan que entra? Tem Proctógenes e seu ódio visceral à liberdade de imprensa e a qualquer coisa que possa ser provada LEGALMENTE. Tem Collor, que dispensa comentários acessórios. Tem ainda a voz cada vez mais ouvida - lida - de Zé Dirceu. Tem as Ongs da Marina e seu futuro "novo" partido e a cereja do bolo, Haddad prefeitíssimo de São Paulo. E que tal Lula, o Garanhão de Garanhuns amoitado, pela primeira vez em, sei lá, mais de 20 anos, quase mudo, mas presente na sua sombra infectada, infeliz, imoral e... ilegal. É! Era o que eu pensava, tudo ainda é velho de novo.

Então, feliz ano novo, CorruPTópolis! Afinal, já, já, é carnaval!
"Para viver, o homem precisa de três coisas como valores supremos e dominadores de sua vida: razão, determinação e amor-próprio. Razão, seu único instrumento para adquirir conhecimento; determinação, sua escolha da felicidade que esse instrumento busca realizar; amor-próprio, sua certeza inabalável de que sua mente tem competência para pensar e sua pessoa merece a felicidade, ou seja: merece viver. Esses três valores implicam e requerem todas as virtudes do homem, e todas elas decorrem da relação entre existência e consciência: racionalidade, independência, integridade, honestidade, justiça, produtividade, orgulho." (Ayn Rand)

Comentários

  1. Mercia Neves04/01/13, 09:27

    "O pessimista é um otimista bem informado".E conformado, no nosso caso. Como a oposição do país.Tristes constatações de quem, como uma minoria, percebe tão claramente o óbvio...E ainda, pagamos tão caro pela felicidade "comum".

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