MENSALÃO, O RETORNO: RECURSOS, PRISÃO E O FUTURO


É de amplo conhecimento que volta à pauta do STF em agosto, o mensalão, aquela compra de apoios no Congresso Nacional promovida pelo PT do Lula sob o comando do José Dirceu, o chefe da quadrilha já condenado à prisão. Joaquim Barbosa promete anunciar a data para a retomada dos debates sobre recursos dos condenados amanhã, 01 de agosto, um ano depois de iniciado julgamento dos responsáveis pela registro da impressão de suas sujinhas mãos naquele que para muitos é o maior escândalo de corrupção ocorrido nestepaiz. Honestamente, in my opinion, cá em CorruPTópolis, estepaiz que o PT erigiu no lugar do Brasil, o maior escândalo é sempre o próximo. Sei que conto como tão certo quanto a morte e a misericórdia de Deus que se não há corrupção maior depois do mensalão, é porque não é de conhecimento público, apenas.

A condenação da Sofisticada Organização Mensaleira e de José Dirceu, chefe do organograma criminoso, agora devidamente carimbado como corrupto, causou, em primeiro momento, o efeito de lavagem de alma. Um longo e profundo suspiro foi solto assim que o voto determinante para sua condenação foi proferido, por quem convivia com esse espinho da imoralidade bandida atravessado na garganta há 7 anos. O PT viu, pela acusação solidamente fundamentada de Roberto Gurgel, o Procurador Geral da República, excetuando os manequins de vitrine petista de sempre, Toffoli e Lewandowski, um a um os ministros do STF tecerem cada qual a sua peça condenatória ao núcleo duro da segunda fase de direção partidária. O PT que chegou ao poder em 2002 dizendo-se paladino da ética, monopolista da moralidade, 7 anos depois, no banco dos réus, foi condenado pela prática imoral - porque absolutamente ilegal - de desvio explícito de dinheiro público para comprar consciências e votos no Congresso Nacional a favor de sua máscara pop star, o Lula. Tudo isso, no fim das contas, diz respeito à ambição pelo dinheiro.

Todo dinheiro moral é racional. Aquele conquistado pela própria capacidade, esforço, coroado com a honestidade de quem apenas pretende obter, exclusivamente sem prejuízo de terceiros, o melhor para si e para os seus. Fora isso, qualquer outro é imoral e irracional. Mais, até. Qualquer dinheiro obtido fora da moral e da racionalidade, é fruto de atividade criminosa. Uma coisa puxa a outra: dinheiro para poder, poder para dinheiro, ambos para o sucesso e, sob a bandeira da estrela vermelha, o meio é a corrupção. Tudo gira em torno do vil metal, e da permanência no poder pelo maior tempo possível, para mais adquiri-lo. 

Assim que alçam à posição de poder, tornam-se dependentes desse e da vontade da fortuna. Nada do que é descortinando em termos de desmandos de corrupção, graças à parcela não-genuflexa da imprensa, aos nossos olhos, não se deve a outra coisa que não apenas à isso: obter dinheiro para si, direto da fonte inesgotável dele: os cofres públicos, de onde não para de brotar o resultado do recolhimento dos impostos do trabalho honesto, que estima-se superar a marca de R$ 1.8 trilhão de reais até o final do ano. É dinheiro demais, dando sopa. Essa ambição é um estado que cresce rapidamente, como as coisas da natureza, e cria raízes. Se o tronco e ramos são destruídos em algum temporal, como no julgamento do mensalão e na condenação dos seus promotores, operadores e beneficiados, de ambos os lados do balcão, ainda permanece a porção que lastreia a coisa toda, embaixo da terra. 

Antes que termine o julgamento dos recursos dos larápios do PT e seus comparsas que, a bem da sociedade e do país o Supremo já condenou, passados agora 8 anos do escândalo e 1 ano desta dita condenação, é preciso não retomar a euforia do primeiro momento: não há punição que baste sem que haja, a rigor, uma mudança efetiva na relação do cidadão com a falta de responsabilidade com que trata seu voto. Quem detém, de fato, o poder, não é quem o exerce de direito. É quem os autoriza a exercê-lo, ou seja, o cidadão-eleitor-impostuinte. Nesse intervalo da história recente compreendido entre o impeachment e o mensalão, só nos são apresentados frágeis jogos de cena, de forma que a cena segue livre para mais jogos de poder, de ambição pelo sucesso para obter mais dinheiro. Só temos visto jogos de corrupção. É o único, grande, verdadeiro espetáculo do crescimento nestepaiz. 

País rico é país que produz. E não existe produção e desenvolvimento com o tamanho da carga tributária que estepaiz ostenta e imprime sobre os ombros dos impostuintes. Não é possível existir desenvolvimento sem infra-estrutura: como anda nosso sistema [de apagão] elétrico, os sistemas de transportes rodoviário, aéreo e portuário? É impossível desenvolvimento sem educação e sem segurança nas ruas, exceto o desenvolvimento do tráfico de drogas que, este sim, encontrou terreno profícuo, amplo, à sua total disposição nos últimos anos. País nenhum se desenvolve com alto índice de insegurança nas ruas, baixos índices de educação e deixando seu povo morrer na fila de hospitais que não atendem nem a braço quebrado, que dirá vagas em UTIs. Não é possível desenvolvimento com os níveis de corrupção engendrados no estado brasileiro, cada vez mais exacerbados pelo tamanho da máquina estatal, com n-lhões de companheiros de sindicatos e penduricalhos apensados nos cargos públicos, com taxas de sucesso ao seu inteiro dispor. Sim, esta é a descrição do desgoverno Dilma, desde os tempos do Lula. 

O julgamento do mensalão, com a devida condenação de seus executores, foi um passão! E o fim dele, espero que para este ano ainda com a devida reclusão às penitenciárias de seus condenados, também. Mas não pode ser esquecido por outros 20 anos de interstício. Que não se esqueçam suas causas, e suas consequências. Que um novo tempo de consciência mais pura, aplicada à prática, comece antes que essa última etapa da condenação dos acusados pelo mensalão termine.

Comentários

  1. O corrupto não tem ideologia, só quer se dar bem em cima da desgraça alheia.
    É hora de cadeia para esses párias mensaleiros, sem mais delongas.
    Muito bom artigo. É preciso muita prática democrática mesmo. E que os políticos e juízes atentem para as ruas, a paciência está acabando.

    Jorge Lima

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