ALGO A DIZER



ESCOLHAS
(Por Mih Lima)

Desde que me entendo por gente – pelo menos em lembranças da infância – vejo-me tendo que fazer escolhas, algumas muito simples como o que vestir ou o que comer. As escolhas são inevitáveis, elas te acompanham por toda vida!

Durante a adolescência elas se tornam mais presentes: quem serão seus amigos pela vida toda ou os que apenas passarão, deixando experiências agradáveis ou não. Qual o absorvente a usar, a escola que vai estudar, o esporte que irá praticar, qual revista ler para se tornar a mais “popular”! 

Tudo está dando certo até que sua amiga mais descolada perde a virgindade! E agora? O que você tem a dizer sobre o assunto? O que sabe sobre o assunto? Numa tentativa desesperada, se depara lendo “NOVA” sem entender p@$% nenhuma do que seria sentir um orgasmo, ponto G, masturbação, kama sutra! Agora vem a escolha que te fará lembrar o resto da vida - perder a virgindade - para não ser a única a ficar “boiando” nos papos das iniciantes no mundo sexual, nessa altura já não existe a fantasia de esperar o príncipe encantado no cavalo branco.

Passada a fase turbulenta e talvez frustrante, vem uma escolha complicada... o que vai ser quando crescer e ainda piora quando você percebe que já cresceu e ainda não é nada! Tá, tá, vamos lá... o que sua família tem a dizer? Que siga suas afinidades ou terá que dar continuidade ao “ramo” familiar de: Médicos, Advogados, Dentistas, Administradores... enfim, será que é isso mesmo que você queria? Ou está lá por status ou obrigação? Uffaaa... mais uma etapa vencida... será? As escolhas também vem acompanhada das dúvidas, e se... e se... e se...

Reconhecer esse fato é doloroso, ao mesmo tempo em que nos deixa fortes, pois descobrimos que a rota a seguir é definida por nós mesmo! Não há liberdade sem escolhas! Se não consegue parar de fazer algo ou não pode escolher fazer algo agora... ACORDE! Pois você é um escravo, e ser escravo de seus hábitos ou de pessoas é ser escravo de suas fraquezas! Somos o que escolhemos ser! E arcamos sempre com nossas escolhas, sejam elas profissionais, pessoais, políticas, religiosas...

Seu namorado é infiel? Cabe a você escolher ficar com ele! Sua mãe quer viver a sua vida? A escolha é sua de tolerar! Arrependeu-se de ter votado no continuísmo desenfreado e estúpido destepaiz? Terá que suportá-lo por 4 anos! Seu dia foi não foi protutivo? Você decidiu fazer coisas improdutivas! Seus projetos não prosperam? Talvez tenha dedicado tempo insuficiente para realizá-los!

A escolha mais difícil para mim neste momento é estar longe dos que mais amo!

E você? O que escolheu fazer hoje?


Arquivo da autora: 

Comentários

  1. Que texto delicioso.

    As escolhas nos despertam a descoberta de sermos seres responsáveis. O duro aprendizado da responsabilidade. Se você quer ser livre, amadureça e assuma a responsabilidade de arcar com as consequências, sejam elas boas ou ruins.

    Lembro, já que o texto também tocou no assunto, de uma palestrante que nos perguntou (a nós, adolescentes de 15, 16 anos): "Qual a melhor idade para transar"? Ela esperou a digestão da pergunta e respondeu: "A idade em que você está pronto para assumir a responsabilidade de criar uma família"! Aquilo foi muito legal, porque saí dali pensando que minhas escolhas têm resultados, nada é gratuito e independente futebol clube e, muito menos, temos o controle exato do que virá como consequência das minhas escolhas.

    Às vezes, queremos afagar com o veludo e o resultado é inverso; outra hora, destilamos o veneno certos de aniquilar o pior de nossos inimigos e, ironicamente, apenas o tornamos ainda mais forte.

    Enfim, penso também na reflexão de Saint-Exupéry de que nos tornamos responsáveis por aquilo que cativamos. Aqui está outra ironia, porque não escolhemos a quem cativamos. Cativamos e somos cativados quase que por uma identificação que não passa bem pela vontade ou pela razão. Quando vemos, alguém se prendeu a nós ou nós estamos nas mãos de alguém. Depois, podemos até usar da razão e da vontade para nos livrarmos dessas "cadeias", mas aí já é outra conversa, aí já passa por escolha mesmo.

    O que eu escolhi hoje, Velvet?
    Escolhi passar por aqui e assumir a responsabilidade de aprender contigo... seja para o bem, seja para o mal. Por que não?

    Obrigado por ter postado mais esse maravilhoso texto.

    Abraços sempre afetuosos.

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  2. É sempre um prazer contribuir com alguns frascos de veneno para esse Blog Maravilhoso, e tbm fazer parte dos tops que por aqui passam!
    Já que tbm eu prefiro destilar o veneno que morder a própria língua... rsss

    Obrigada sempre pelo espaço Velvet!

    Bjos

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  3. Mih Lima, parabéns pelo texto.

    Realmente, é top!

    Aguardo novas participações.

    Seu texto é um presente aos leitores deste Blog, tenho certeza.

    Abraços sempre afetuosos.

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  4. "vamu" combinar que muitos fizeram e fazem a "opção" errada, mas a gente escolheu e escolhe certo toda vez que passamos por aqui, né não?

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  5. Sandra Sallee24/02/11, 19:51

    Well ...fazemos opcoes e pagamos o preco . Sei bem do que o texto fala , mas a escolha politica e diferente . Osresultados nao dependem das escolhas de cada 1 de nos , Depende dos grupos . Visivilmente , vivemos numa Democracia , mas fazendo um balanco da nossa realidade , a Brasileira , perguntamos : Sera que vivemos numa Democracia ? E ainda pergunto : Isso e mesmo Democracia ? Tenho minhas duvidas . No campo pessoal podemos errar e acertar , temos nossas chances . As chances perdidas em 4 , 8 , 12 anos por governantes de 1 pais , ficarao para sempre perdicas . E nos temos exemplos nas TVS , Internet , periodicos todos os dias .
    Belo artigo . Texto reflexivo .
    Parabens !

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