CAI A NOITE
Tão tenra e alheia esta, a tua arte severa
Ainda que tarde, mas em merecimento
Vejo-te a virtude, a cobrir-te de prêmio
Do dever de ofício, profícuo talento
Fito-te, o herói no dia, os olhos bem cravados
Na corrida, trajetória cumprida.
Tão grave e sereno [destoas] no terreno
És, consigo, leal, capaz, devido - e destemido
Vejo-te o peito honrado [que me abriga]
Inflado de concentração, sobriedade e orgulho
[Visionária! - Tu me chamas]
Sim! Vejo-te no Templo da Glória que te espera
Ornado com o teu nome, Honesto e Justo.
Tão enlevada em admirar-te, eterna, então me vês
E vês, comigo, o acalentar das paixões
No instante em que me pedes que a ti
- descreva como percebo-te
A dar as voltas nas ruas em tuas demandas
Com que olhos fito-te, o meu ávido interesse!
[Queres saber e sabes por mim]
A história do caminho que até aqui, tu percorreste:
Símbolo generoso tu és, da Divina riqueza humana.
Ninguém vê o que tu vês de ti através dos meus olhos
Lembro-te então dos Sênecas, dos Césares e Sócrates
Ou quem me venha na memória, de outrora
E lembro-me dos Heitores, Lawrences, Wallaces
[Achilles?]
E de tantos os deuses, do Olimpo
[onde tu habitas?]
Sorvo de ti, as lições necessárias
Tua honra, a conquista; tua virtude, a glória.
O teu espírito, é a vida que me faz altiva
Nada além, porque assim há tempos, escolhi
Tua, cada dia mais livre, ser cativa.
[onde tu habitas?]
Sorvo de ti, as lições necessárias
Tua honra, a conquista; tua virtude, a glória.
O teu espírito, é a vida que me faz altiva
Nada além, porque assim há tempos, escolhi
Tua, cada dia mais livre, ser cativa.
*Publicado originalmente em abril de 2012
Poema muito bonito!
ResponderEliminarEssa parte é a mais:
"Vejo-te no Templo da glória que te espera
Ornado com teu nome, honesto e justo."
É a glória do homem que honra o Homem que é.
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