LEI E LIBERDADE
“Assim falai, e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade”
Uma das magníficas passagens do Novo Testamento Bíblico que evoca duas idéias fundamentais, que se imbricam, conformando a civilização humana: lei e liberdade. Com efeito, sem a presença física e espiritual dessas duas idéias, não há ser humano, não há sociedade, não há civilização. Há, no máximo, um conglomerado de átomos, moléculas, células, composição química, indistinta de quaisquer outras substâncias existenciais.
Por conseguinte, a lei referida naquele versículo é toda lei divina e humana que fundamenta a liberdade. É princípio e fim de toda lei divina e humana a liberdade de o homem se autodeterminar, consciente e voluntariamente, arcando com todas as conseqüências, a escolher e seguir, ou não, os desígnios do Criador e os padrões de conduta fixados pelo legislador terreno.
Desse modo, nega-se a si mesma, é contradictio in terms, alguma “lei”, que, pretendendo-se celestial ou humana, exclua a possibilidade de escolha, a eventualidade de ser desrespeitada, descumprida, violada, enfim. Uma “lei” dessa estirpe convola os seres aos quais se destina em organismos desprovidos de liberdade e, pois, similares aos aglomerados químicos que compõem, por exemplo, os micróbios, os vermes, as baratas, os ratos etc.
Trazendo-se essa compreensão da lei e da liberdade para os tempos e lugares presentes próximos, percebe-se que, ordinariamente, os fraudadores de toda lei divina e humana tomaram para si o poder de as interpretarem e cumprirem, ora das formas mais elásticas possíveis, quase as aproximando da subversão e transformando-as em não-lei, sem a correlata responsabilização; ora dos modos mais rígidos possíveis, impedindo que os destinatários possam livremente escolher e lograr as respectivas conseqüências.
Assim, conformam-se os totalitarismos teocráticos e estatais, dominados pelos fraudadores de toda lei divina e humana, fazedores destas os instrumentos, os meios mais adequados e úteis para expropriar a liberdade de escolha do homem e, por consectário, negando-se, pois, a leis mesmas.
Artigo escrito por BSchopenhauer
(Assim que li o artigo, já a partir do título, foi impossível não associá-lo ao trecho do Robin Hood de Russel Crowe by Ridley Scott.
Obrigada, Mari, por editar o vídeo)
Obrigada, Mari, por editar o vídeo)
Excelente artigo!
ResponderEliminarMas ao ler o mesmo, comecei a pensar na seguinte passagem bíblica...
(São Mateus 7,6)
Não lanceis aos cães as coisas santas, não atireis aos porcos as vossas pérolas, para que não as calquem com os seus pés, e, voltando-se contra vós, vos despedacem.
E ai comecei a me perguntar o seguinte:
Por que as pessoas resolveram votar na Dilma metralha e não no mais capaz?
Ai me lembrei de uma conhecida que se diz expetista e que é professora no estado de São Paulo, a qual me contou que votou na Dilma, mesmo sabendo que ela é totalmente incapaz para o cargo, pois o Serra não deu aumentos de salário para os professores paulista...
Bem, então a minha conclusão pessoal sobre o porque tantos brasileiros e brasileiras votaram na exterrorista mesmo tendo sido alertados do mal que ela e o PT (mais aliados) podem fazer a pátria é a seguinte: A oposição foi MUITO BURRA ao planejar a campanha do José Serra! Faltou união, determinação, e convicção! E agora cá estamos nós em uma semiditaura.
Maravilha de texto.
ResponderEliminarConsola sempre saber que o homem, mesmo o desdentado, jamais se deixará escravizar, se rebelará contra a escravidão, mesmo que tardiamente.
Disse George Bernard Shaw que "liberdade significa responsabilidade", por isso muitos a temem. Há que imbuir em todos o senso de responsabilidade. Tanto para escolher, como para agir. O indivíduo maduro, responsável, estará pronto para ser livre.
ResponderEliminarO estado deve ser laico, tenho certeza. Religião é aquela que você segue para chegar ao Deus de todos nós, seja qual for. O sincretismo religioso também nos leva ao mesmo destino ou, simplesmente, a procedimentos de vida pura e equilibrada. Toda denominação, religiosa ou não, prega conceitos teológicos, filosóficos e éticos de um caminho reto, anseios que também atendem a ateus e agnósticos. O bem, a verdade, a correção são os princípios básicos que ensinamos aos nossos filhos. Isso tudo independe de crenças religiosas. Melhor seria se os partidos admitissem esses conceitos na filiação de seus políticos, na escolha de seus candidatos a pleitos executivos e legislativos. Não conheço um partido que não abrigue em seus quadros elementos espúrios, sempre escapa um ou outro, mas em quantidade igual ao do PT... Jamais!
ResponderEliminarMelhor ainda, Barenna, se a sociedade conseguisse educar seus filhos - e nisso estamos falhando cada vez mais - dentro desses princípios tão bem citados por você: o bem, a verdade, a correção. Assim sendo, os partidos seriam tão somente o reflexo da sociedade.
ResponderEliminarVolte e comente sempre.
Sem liberdade de que vale o pão sem a liberdade para comê-lo?
ResponderEliminarO depoimento do Carcaá confirma minha tese de que professores são os piores eleitores desse país. Corporativistas, não conseguem ver nada além do seu umbigo.