A PÁ, OS CORPOS E A BARCA
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Quem insiste em fazer o que não deve, aprontar das suas, tirar vantagens, abusar do limite entre o legal e imoral, precisa saber enterrar os corpos. Precisa guardar a pá. E ainda é importante chamar o Caronte. Sem ele, não dá.
Caronte era um barqueiro velho e esquálido, mas forte e vigoroso, que tinha como função atravessar as almas dos mortos para o outro lado do rio. Porém, só transportava as dos que tinham tido seus corpos devidamente sepultados e cobrava pela travessia, daí o costume de se colocar uma moeda na boca dos defuntos.
Enterrem os corpos, guardem bem as pás e garantam que as almas sejam levadas pelo rio. Senão, aparece coisa até de ex-namorada e pior, de ex-sogra, um tempão depois de terminado o namoro.
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