FIM DE TARDE
"Ah, e dizer que isto vai acabar, que por si mesmo não pode durar.
Não, ela não está se referindo ao fogo, refere-se ao que sente. O que sente nunca dura, o que sente sempre acaba, e pode nunca mais voltar.
Encarniça-se então sobre o momento, come-lhe o fogo, e o fogo doce arde, arde, flameja.
Então, ela que sabe que tudo vai acabar, pega a mão livre do homem, e ao prendê-la nas suas, ela doce arde, arde, flameja."
(Clarice Lispector)
Clarice, até hoje, só aos poucos. Tenho medo dela.
ResponderEliminarDe fato, Astier, Clarice é (era) intensa. Por isso eu gosto tanto dela.
ResponderEliminarObrigada pela visita. Volte e comente sempre.