BOM DIA, ESTADO

Estado paralizado: suas instituições e seu povo. Por um lado, um povo solidário sim, que se mobiliza sim, para ajudar, uns aos outros. Mas inerte na cobrança da irresponsabilidade que culmina com tragédias. Tão habituado que está com a inércia do estado, se junta, é voluntário, doa e se doa. E aplaca sua consciência, faz sua parte da "responsabilidade social" e segue votando nos calhordas de sempre.  Esses, que se tornam o seu governo. Governo que não só não trabalha antes, como não consegue reagir durante e muito menos, a contento e com ações definitivas, depois. Estado cujo anão parasita que o governa não tem nenhum preparo para reagir com a rapidez que se faz necessária em situações de calamidade. Estado onde, definitivamente, nem os líderes políticos, nem as instituições, nem o eleitor médio está preparado para a civilização. O seu, não sei. O meu, hoje, é estado de revolta. E não se engane comigo, estado, porque da revolta,  eu não me rendo, como geralmente é praxe, à apatia. Uma voz, um voto. Mas são meus, e ambos, voz e voto, fazem um grito. Eu grito.


"Quem é que paga a conta dessa orgia? Quem causa o que não tem causas? Quem são as vítimas, condenadas a permanecer sem reconhecimento e morrer no silêncio, pra que a agonia deles não perturbe a convicção de vocês de que elas não existem? Somos nós, os homens dotados de mentes." (Ayn Rand)

Comentários

  1. Barenna (Igor)15/01/11, 09:29

    As imagens são terríveis, não aguento ver pais e avós em busca dos seus. Continuo chocado e anestesiado com o descaso das autoridades. A presidenta passa fim de semana em Porto Alegre, como se nada estivesse acontecendo em seu quintal eleitoral, ou melhor, eleitoreiro.
    Dentro de pouco será carnaval no Brasil e tudo estará esquecido, como se repete todos os anos. É festa em cima de festa, feriado em cima de feriado.
    Clara está na Tchelandia e Fred soterrado, para sempre, pelo descaso de nossos políticos e administradores públicos.

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  2. Eis o estado-lixo, que nos quer transformados em detritos.

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  3. Tão ruim quanto um governo incompetente é uma oposição omissa.

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  4. Barenna, usamos festas populares como carnaval como desculpa: "sofremos tanto, precisamos nos divertir, relaxar". Relaxamos tanto que são eleitos os canalhas de sempre!

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  5. O cacique é extremamente sentimental e não suporta mais assistir NADA referente a este nefasto acontecimento. Recuso a chamar de tragédia; pois nesse caso seria imprevisível. Como me recordo de Raul Seixas: A sociedade alternativa. Lá eu pegaria uns prá dar prás piranhas.

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