BOM DIA, ESTADO

Estado que tutela o indivíduo e é tutelado por um desgoverno que celebra seu primeiro mês de inoperância. Enquanto o impostuinte comemora, trabalhando, o término de um dos cinco meses que deve dedicar para o sustento do estado (vivas, restam apenas quatro), o desgoverno da República Popular do Chiqueiro comemora esse mesmo mês com o que tem sido sua tônica: nada. Zero. Nihil. Nos 31 dias desse mês de janeiro do Nono Ano da Graça da Idade das Trevas, nenhuma ação foi tomada, nenhum projeto foi proposto, nenhuma medida para presente ou futuro, em nenhuma área, anunciada. E a presidente? Ninguém sabe direito. Ela finge que desgoverna pela ausência, jamais, nunca, pela presença. Sequer o Orçamento Geral da União para 2011 foi sancionado pela "Presidência da República".

Estado que deveria representar a forma máxima de organização social e política humana,   com seu desgoverno em transe, sob o efeito de mágica poção, o poder sustentado pelos impostos, que  lhe permite acreditar que transcende uma superioridade divina. Bom dia, estado? Nesse transe alucinógeno, vai tirar sua dama, hoje, para dançar um tango?

Estado, chamo eu, o lugar onde todos, bons ou malvados, são bebedores de veneno; estado, o lugar onde todos, bons ou malvados, se perdem a si mesmos; estado, o lugar onde o lento suicídio de todos chama-se – “vida”! Olhai esses supérfluos! Roubam para si as obras dos inventores e os tesouros dos sábios; “culturas” chamam a seus furtos – e tudo se torna, neles, em doença e adversidade! (Friedrich Nietzsche)

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