CAI A NOITE
"Colada à tua boca
a minha desordem.
O meu vasto querer.
O incompossível se fazendo ordem.
Colada à tua boca,
mas descomedida
Árdua
Construtor de ilusões
examino-te sôfrega
Como se fosses morrer
colado à minha boca.
Como se fosse nascer
E tu fosses o dia magnânimo
Eu te sorvo extremada
à luz do amanhecer."
(Hilda Hilst)
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