CAI A NOITE
Provo desse licor inconfundível
Numa taça de pérolas bordada
Nenhum tonel em todo o Reno
Álcool assim terá!
Os longos dias do verão pisando
Das tavernas saí de azul em fogo
E pela brisa inebriada
Ao orvalho me dou
Bêbada a abelha para fora é posta
À porta de uma flor - a borboleta
Já renuncia a mais um trago
E eu ainda a beber!
Anjos agitam os chapéus de neve
E os santos todos à janela correm
Para me ver embriagada
Me escorando - no sol.
(Emily Dickinson)
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