DEAD!


É um prazer inenarrável escrever as letras do título, em referência à morte do terrorista Osama Bin Laden. A essa hora, desnecessário narrar do que se trata, todo mundo (literalmente) já sabe. 

Eu comemoro, sim. O discurso de Obama, ao anunciar a morte do terrorista, foi impecável. E não sou da massa de admiradores de Obama, ao contrário, e reconheço isso. Falo sob vários pontos de vista, inclusive o da análise do seu texto e subtexto - aqui tem uma ghost writer que escreveu discursos por muitos anos, que reconhece e admira os bons. Esse, do presidente Obama, foi diretamente para o povo americano, que carrega a cicatriz dos atentados de 11 de setembro. Mas também para o mundo que sabe que é o presidente norte-americano - qualquer que seja ele - o líder do Ocidente democrático, civilizado.

Os EUA, ao contrário do que reza cá em CorruPTópolis, não são um país sem memória. Seu povo conhece e reverencia a sua história. Pude conferir, nas ruas de Annapolis, capital do estado de Maryland, aquilo que vemos comumente em alguns filmes: voluntários vestidos com roupas da época da Guerra Civil, contando a populares e turistas, a história de seu povo. Ok, é meio cafona. Mas é exemplo de como o povo se orgulha dos pioneiros que fizeram "A América". 

Vi, no muro do Memorial aos Mortos no Vietnã, justamente no Memorial Day, o respeito que o americano carrega por quem enfrenta as suas guerras. Conferi, no Museu do Holocausto, não só o terror vivido pelos judeus durante a Segunda Guerra Mundial, como também a reverência respeitosa dos EUA àqueles judeus que conseguiram sobreviver ou fugir do nazismo e naquele país estabeleceram-se, sendo, inclusive, responsáveis por grandes empreendimentos. Todos nós, mesmo quem nunca pode visitar os EUA, pode ver no Youtube vídeos de manifestações em locais públicos, bem comum em aeroportos e estádios, quando há soldados americanos presentes, ou mesmo apenas um. Aplausos espontâneos e agradecimentos, sinais de uma reverência que me emociona.

Anos depois do ataque às Torres Gêmeas, em Nova York, olhando o Marco Zero, o "buraco" do WTC, e o painel cheio de mensagens e flores depositadas todos os dias, entendi que aquele é um povo que respeita seus mortos, e à sua maneira, chora seus traumas. No cemitério onde estão enterrados os bombeiros mortos enquanto tentavam salvar vidas no WTC, é possível perceber que reina um ar solene. Aqui nestepaiz, quantos desses valorosos profissionais já foram mortos ao socorrer vítimas de tragédias, como na Região Serrana do Rio, esse ano, por exemplo? Quem é que sabe, ao menos, os nomes desses bombeiros, exceto suas famílias que ainda os pranteiam?

As consequências da morte de Bin Laden para os EUA, para o mundo e para a causa que o terrorista defendia já estão sendo levantadas por especialistas em todos os meios de comunicação. De minha parte, apenas comemoro, sim. As cenas de horror que o mundo assistiu, ao vivo, pela TV, que pintaram uma nação de cinza por causa das suas cinzas, o ar cortado por desesperados que pularam das torres em chamas e os corpos carbonizados que misturaram-se aos escombros dos prédios,  se não foram vingados, hoje, com a morte daquele que é a face da Al Quaeda e do terrorismo, não o serão mais.

Ainda faltam vários terroristas para o mundo se livrar. E não me refiro aos outros comandantes da Al Qaeda. Tem terrorista no Irã, na Coréia do Norte, na Líbia, todos da trupe de amigos das hostes vermelhas que desgovernam estepaiz. Ah, sim, e como registrou hoje, BSchopenhauer: "Chapolin de Miraflores, Coma Andante, Índio de Araque", nossos vizinhos da latino-américa, também estão por aí, certamente chorando a morte de seu ídolo. Com essas companhias ao lado do PT que nos desgoverna, as pessoas de bem do mundo têm mais é que comemorar muito o dia de hoje. Aqueles que  lamentam a morte de Bin Laden e/ou desdenham dos EUA nesse momento, são os mesmos que vitimizam e tornam herói um louco criminoso como o Monstro de Realengo.

Já vai tarde, Bin Laden. Que o diabo te receba no portão, e de lá, te expulse do inferno!

Comentários

  1. Excelente artigo. Babei e viajei nas informações.
    Destaco do conjunto uma coisa que escrevi logo cedo: a memória duzamericanus e o amor que têm por sua pátria. Numa hora dessas, esquecem vertentes ideológicas e preferências políticas para se elevar o valor da nação.

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  2. Belissimo texto e só posso concordar em grau gênero e espécie. Tendo perdido amigos de infância no dia 11/9/01 nas Torres Gêmeas, confesso a sensação de ter sido vingado, em nome das familias que ficaram.
    A morte de uma dos seres mais perversos que habitou esse planeta só pode ser traduzido em alegria para quem preza a liberdade de escolha, a liberdade de viver e a alegria de ser.
    Sim, o americano comum está acima da politica mundana, e foi ele a vitima do 11/9. Ele tem todo direito do mundo de se sentir aliviado.
    Uma imagem daqueles dias em 2001 nunca sairam da minha retina: As mulheres arabes em Palestina saindo as ruas em jubilo exaltando o feito dos terroristas. Seria interessante filmar elas agora.

    Lunarscape

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