Esqueço-me de mim, tão quieta, longe Pensando em minha pouca coragem - a tua velha aliada Chego ao teu rosto, tão quieto, perto Pensando em tuas muitas palavras - a minha velha fortaleza No caminho, no retorno me pergunto Porque não falam tuas palavras o que vai no teu silêncio Aqueles espectros que teus olhos me dizem sobre solidão E quando depois me confessas aquelas tuas palavras De tudo o que esperas que eu faça Te pergunto, - Sim? E de tua dureza admites: Sim. Tu falas então eu creio. Mais. Compreendo As nossas poucas coragens, sempre adiadas. No ar com meus dedos desta mão que te conhece Redesenho teu rosto E todo o espaço que resta De todo o vazio à tua volta depois de nossa saída. Estás longe e mesmo assim queres, pedes e tomas Todas as horas que desejas, da minha vida. Esqueço-me de minha tão pouca coragem Mas não de tuas muitas palavras - minha fortaleza Esqueço-me de mim, tão inquieta, tão longe Lembro-me só de ti.
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