CAI A NOITE
Quando eu abri minhas janelas
Despi meus braços das armaduras
Deixei de sonhar - não há mais sonhos
Reconheci-me incapaz de seguir
Sem tudo o que prometias à minha prova
Decidi - vem, entra, pode chegar.
Contigo trouxestes a brisa do tempo do gênioQuando eu abri minhas janelas
O perfume de raízes retorcidas de teu pescoço
O som do vento de tua voz
O brilho da névoa dourada dos teus olhos
O encontro neste nosso não-paraíso
A dureza de tuas determinações até a sofreguidão dos teus lábios
Contigo vieram as palavras que calam o teu silêncio introspecto
E gritam sentidos no caminho de teus dedos até meu coração.
Senti dentro de mim o tempo
Criar silêncio e eco
Para que só tu pudesses ocupar
O vazio que nunca havia encontrado
Que habitava-me impertinente em tua ausência
Até que entrasses para sempre.
Viestes. Então amei a noite que me faz companhiaDesmaiada em teu ombro espero
A chuva vista da rede que balança
A madrugada em que amanheces em mim
As sombras das dúvidas que permanecem
A combustão secreta quando aos meus tu misturas
Teus fluidos, os sons e aromas suspensos no ar.
Pelo amor de ontem como o de hoje
Dito e redito por tuas letras intensas
Verdade que só nós dois podemos exprimir.
Tu tens e guardas a chave das janelas
Não há mais reservas para teu alimento
Que fecundas em mim, com teu beijo em mim,
Todinha.
Belíssimo!
ResponderEliminarbjusss
Mery*
Lindíssimos versos.
ResponderEliminarUm anjo tirando as asas para deixar-se voar nos beijos do seu amor.
Adorei!
Ótima sexta-feira para você!
Lindo de viver!!!! Parabéns, querida!
ResponderEliminarHaja inspiração!!!!
ResponderEliminarlindo!