CAI A NOITE
Se tuas mãos pertencem a ti teus seios pertencem aos outros
Como tua boca onde tudo volta a ter gosto
A vela de teus seios se inflama com a vaga
De tua boca que se abre e reúne todas as margens
Bondade estar ébria de fadiga quando cora
Teu rosto rígido e que tuas mãos se esvaziam
Ó minha ágil e a mais lenta e a mais viva
Tuas pernas e teus braços superam a carne compacta
De atrevimento e arrasada compartilhas tuas forças
A todos dás alegria como uma aurora
Que se espalha no fundo do coração de um dia de verão
Esqueces teu nascimento e ardes tua existência
E te partes como um fruto maduro ó saborosa
Movimento bem à vista espetáculo úmido e liso
Abismo transposto muito baixo voando pesadamente
Estou por toda a parte em ti por toda parte onde pulsa teu sangue
Limite de todas as viagens tu ressoas
Como uma viagem sem nuvens tu te arrepias
Como uma pedra desnudada pelos loucos jorros de água
E tua sede em estar nua extingue todas as noites.
Paul Eluard
Abismo transposto muito baixo voando pesadamente
Estou por toda a parte em ti por toda parte onde pulsa teu sangue
Limite de todas as viagens tu ressoas
Como uma viagem sem nuvens tu te arrepias
Como uma pedra desnudada pelos loucos jorros de água
E tua sede em estar nua extingue todas as noites.
Paul Eluard
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