CAI A NOITE - O TEMPO DESCANSA
A vida, talvez, precise de pausas
Contemplar de olhos, à margem
Ficar calmo como o céu azul
Ficar calmo como o céu azul
Sem espanto, sem tanto - interrogar
Anoitecer, desmundar-se sem o mundo
- abandonar
Anoitecer, desmundar-se sem o mundo
- abandonar
Nascer com o dia, todo dia, amanhecer
Sem penar, atravessar o dia na pele - leve
Flutuar - debruçar no prado ao relento
Como o sereno nas folhas - de madrugadinha.
"Pescar, comer churrasco, tomar cerveja,
dormir à sombra" - à tardinha
Ser quem é, é-se sendo.
Sem despertar nem sentir - medo
Sem despertar nem sentir - medo
Pois é assim que é.
De olhar dourado calmo, como água ao sol
No horizonte a deitar, outra vez
Vida circular!
No horizonte a deitar, outra vez
Vida circular!
Aqui, lá, em qualquer lugar
Aonde a noite espera-se, já
Dormindo. É a medida do sem-fim.
Somos, crescemos - depois é que nascemos
Estamo-nos! Tu estás aí, e estás em mim.
Somos, crescemos - depois é que nascemos
Estamo-nos! Tu estás aí, e estás em mim.
A vida, toda, precisa de pausas.
"Podemos sentir saudades."
[Reedição, dessa vez é um post não da mesma época. O motivo é o mesmo, porém usado agora por esta outra razão. Com alterações no poema, e com clip!
Contagem regressiva, 4]
[Reedição, dessa vez é um post não da mesma época. O motivo é o mesmo, porém usado agora por esta outra razão. Com alterações no poema, e com clip!
Contagem regressiva, 4]
"Carnaval: samba do descanso"! - que proposta gostosa... Tenho que te ouvir mais vezes.
ResponderEliminarFábio.
Que Delícia!!!
ResponderEliminarCada palavra, cada vírgula... que alma linda. São dezessete linhas de puro'Grande Sertão Veredas'. Uau!