CAI A NOITE


Eram ramos tufados, cheios,
Olha, minha Amada, vê!
Deixa que te mostre os frutos
Dentro dos ouriços verdes.
Redondos, há muito pendem,
Calmos, fechados em si,
E um ramo a balançar
Os embala paciente.
Mas de dentro amadurece
E incha o fruto castanho;
Gostava de vir pra o ar
E de poder ver o sol.
A casca rebenta, e cai
Alegre pra o chão o fruto;
Tais minhas canções aos montes
Te vão cair no regaço.
Johann Wolfgang von Goethe

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