CAI A NOITE
Seguro em minhas mãos o fio da tua meada
Onde tu estás dentro de tudo que há
Sereno, dentro do fio da minha voz
Em silêncio cúmplice, a nomear-te
Dentro de tudo, em mim, dentro do mundo.
Devagar, seguindo a justa meada do tempo
O tempo transforma tudo o que há
Dentro do nosso tempo do mundo
Em instante eterno feito cúmplice, dividido
Dentro de tudo, dentro de ti, fecundo.
Hoje compreendo o longo vazio de tudo
Cheio de tudo que havia dentro de mim
Do meu espírito insolente que esperava-te
O perfeito encaixe imutável do teu nome
Dentro de tudo que há, dentro de nós,
Amor sem-fim
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