CAI A NOITE
Pensas-me como tua ilha, e sou
Límpida, pequena e povoada apenas de mim
Teu ansioso lugar, o horizonte de uma não-procura
Nada extenuante, sem urgência em delicadeza
Amiga, companheira e cúmplice certeza
Do conforto de ali estar... refugiar.
Fazes-me como tua luz, e sou
Intensa, amante e amada apenas parte de mim
Teu incandescente brilho, o espanto das sombras
Que se derramam, sem assustar, pelo chão
Louca, própria e quente no seio
De olhos fechados a servir-te... altar.
Lembras-me como a tua ciência, e sou
Inquieta, ávida e redescoberta inteira de mim
Nada surpreendente, sem perigo em tranquilidade
De teus saberes de mim dos meus sabores, já teus
Líquido, vaporoso e sólido entendimento
Do que apenas sou aos teus olhos... amar.
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