CAI A NOITE
Tens também tu, a certeza do tempo
E da distância, Que falam, em transigência ao silêncio
Que este tempo que nos refresca a sede
De nossos aromas, o vento a dos nossos sabores
Também pertence-nos, como a ele, nós
- juntos, sobreviveremos.
Contas-me também tu, da sempre constância
Que percebes,
Da majestade de todas as coisas que o corpo
Ausente, reconhece - e delas se ressente
De nossos aromas, o vento a dos nossos sabores
Também pertence-nos, como a ele, nós
- juntos, sobreviveremos.
Contas-me também tu, da sempre constância
Que percebes,
Da majestade de todas as coisas que o corpo
Ausente, reconhece - e delas se ressente
Quando ecoa nos sentidos, intempestivo
Também em ti, o uivo agreste da saudade
- que irrompe, dentro.
Sem as nossas mãos a despir-nos
Da ausência,
Vestindo as nossas cidades a nos rodear
Também em ti, o uivo agreste da saudade
- que irrompe, dentro.
Sem as nossas mãos a despir-nos
Da ausência,
Vestindo as nossas cidades a nos rodear
Com seus sons e multidões como tema
Falas também tu, dos olhos fechados em meu colo
As bocas transeuntes um do outro no outro, Agora
- são um poema!
Falas também tu, dos olhos fechados em meu colo
As bocas transeuntes um do outro no outro, Agora
- são um poema!
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