CAI A NOITE
Agora sei que tem fome a minha carne
- além do espírito,
Abriga a imensidão da tua ausência
Aportada no meu silêncio
Que tu ouves ao pulsar
- dentro de ti,
O sabor da minha saudade
- que já farta, me possui.
Agora sei que arde o meu corpo
- além da carne,
É em sangue marcada por tua sentença
Povoada do som do teu sorriso
Que cultivas no meu olhar
- e fora de mim,
A cor da tua voz acalentada
- que presente, me destina
A perder-me em ti.
Embora amarga tal o fel
- aquela saudade;
É no peito que a lembrança explode
Corre pelas veias, sobe à boca
- e a boca não diz,
Dessorada nos olhos a escorrer pela face.
É de amor o sabor da minha dor
- que não cessa, me possui.
Gostei, muito. Quanto mais leio, melhor fica, apesar de, sinceramente,estar com inveja do cara em quem vc esta pensando.
ResponderEliminarMarcelo!
EliminarFernando Pessoa cunhou que o poeta é um fingidor. Em contrapartida, Pe. Antônio Vieira disse que o poeta vê - e narra - as coisas, a história, o mundo, como deveriam ser ou ter acontecido. Gosto mais da visão de Pe. Vieira. Ademais, Marcelo, há outras opções... Uma delas é que não sou poeta, lembra? Obrigada pela vinda, e volte!
Regina, quem trabalha eh trabalhador; ladrão rouba. Agora, quem escreve poesia , de qualidade, eh ....poeta, lógico . Por favor, continue assim.
EliminarRabiscar, rabisco, Marcelo... Se não aqui, acolá ou em qualquer outro lugar. Escrever é necessidade, mais que vontade.... https://www.facebook.com/photo.php?fbid=3288615714138&l=3b1e99930f
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ResponderEliminarLindo!
meu blog
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