CAI A NOITE
Se o teu gosto já nasce na minha boca
Os teus dedos ardem interditos segredos
[sobre a minha pele]
Tu sorves [num beijo] o meu canto
E desatas, perdido
- o meu medo.
Se o meu gosto já vive em tua boca
As minhas mãos cruzam derradeiras fronteiras
[sobre a tua pele]
Tu dissolves [com teu toque] as minhas barreiras
E penetras, remido
- em minhas teias.
Se os nossos desejos já marcam no ar
Suspensos os aromas povoados de mim e de ti
[sob nossas bocas]
Tu levas [quando sai] a saudade dos nossos odores
E reescreves, possuído
- os meus sabores.
Incrivel!! Adorei!! Completo então, ficou melhor ainda do que imaginei.
ResponderEliminarDespretenciosamente, imagino, e sonho, que , somente desta vez, Fernando Pessoa e Pe. Vieira, possam estar enganados.
Vamos acrescentar mais um elemento a essa reflexão, Marcelo? Veja o que disse Aristóteles: "O historiador e o poeta não se distinguem um do outro pelo fato de o primeiro escrever em prosa e o segundo em verso. Diferem entre si, porque um escreveu o que aconteceu e o outro o que poderia ter acontecido."
EliminarMinha formação é História. Ainda acha que sou poeta, apesar da outra, em Letras? ;*
Não há dúvida sobre a qualidade dos eus poemas. Agora, se vc consegue colocar história junto, mérito seu ( + 1) .
EliminarPara conseguir colocar história junto, há que ter dois.
EliminarNão sei de onde vem tanta inspiração
ResponderEliminarSensibilidade à flor da pele
Carregas no peito uma paixão
Deus te proteja e por ti zele ....
Vem do mundo que há, dentro de mim e fora dele, Bob. Por que uma frase de alguém entrelida, entreouvida, já pode bastar. Ou nenhuma. O silêncio que se faz por aí, reverbera aqui e sem querer, sai. Não consigo perceber quando, nem como. Já o porquê escrevo, sei. Isso, quem lê o Veneno há um bom tempo já sabe. Escrever é necessidade. Obrigada por nunca se fazer ausente do blog, Bob. Até o próximo post!
Eliminar