CAI A NOITE
O que é isso que continua, assim,
- nessa não-pressa
Em instantes serenizados do meu espírito
A perfazer o caminho
- que ninguém sabe, se percorrido
É traçado de perto, os olhos sequestrados
Marca-se nas carícias do encanto
De se medir com toda fiel ternura
- qualquer encontro.
Aprendi que nada veio em fumaças
- nem no vento
A tumultuar o meu instinto aberto
Percorrendo algum rumo incerto
De só um de nós dois
- que há de partir
Esse tempo que me possui é o desejo doido
- de contar-te
Nas incertezas da noite, nas nuvens
Dessa saudade que já não tem fim.
Agora eu sei que esta ausência
De uma nobre altivez tingida
É andar de longe, os olhos fugidos
Eu o sei, a coragem daquela saudade
- abriga-se
No instante incensante do milagre
De se transportar para qualquer lugar
E é assim, nesse reencontrar purificado
Que tu me fazes sorrir, levitar
- A te desejar.
POEMETO,MEIO SEM JEITO
ResponderEliminarOu ARPEJOS (Para um rainha) DE POLIVER
Quando quiseres me ver,venha.
Mas venha nua.Nua de teus preconceitos
Nua dos teus antes aceitos
Nua dos teus rejeitos
Nua até dos teus direitos
Posto que direitos não já são
São trejeitos de tuas incertezas
Se queres me ter, tenha.
Mas me tenha nu.Nu de meus preconceitos
Nu do antes aceito
Nu até de meus direitos
que direitos já não são
São só os trejeitos de minhas certezas
Das incertezas de meus rejeitos
Vamos e venhamos só com nossos desrespeitos
O meu e o seu ser sem respeito
Mudados pelos pré e pós conceitos
Venha com seus abertos peitos
Não abertos pelos seus jeitos
Mas abertos pelos meus feitos
Você, para mim, agora, aceito
Eu, por você, agora feito.