CAI A NOITE
Onde os espelhos se iluminam
Refletindo nossos corpos
(quando embaçam)
Teu gosto possui o meu
Meu cume possui a tua altura
Vestida do teu desejo
Quando penetras em mim.
Em mim teu sangue navega
Quente corrente a remar seguro
Sou teu leito, lençóis alvos a repousar
- tranquilo.
Eu sou a sede e tu és a fome
Somos a sorte de poder nos ver
Neste espelho constante de confiança
Somos nossos contrários
E a nossa semelhança.
- Nada tenho
Que não me possam tomar
Menos o que renasce de ti
O sabor, o desejo, lágrimas
e o sangue a correr - ninguém me subtrai
O ar de (te) respirar em mim
O edifício vivo das palavras erguidas
- E o teu eterno sorrir.
Comentários
Enviar um comentário