CAI A NOITE
Este olhar silencioso, dobrado ao som do sorriso
Vence o espaço, já pequeno,
- conduz as bocas
Que não sabem se riem ou se exploram
Mudas, úmidas, iluminando as vagas
- descobertas da pele (que arrepios implora).
As mãos reconhecidas de seu poder
Dão-se a vida, um no outro,
- em caminhos selvagens
Encontros prováveis, sedes implacáveis
Até o centro doloroso e corajoso
- dos corpos em um,
Que os deuses do acaso e das vontades
Teimam em não desunir.
Os olhares, os sorrisos, as mãos, as vontades
(as peles, os corpos)
Somos nós, sou eu, és tu
- dois, neste despertar
Sobre os lençóis da noite
Sob o céu todo nosso a nos definir
A razão de ninguém a nos justificar.
Gostei!
ResponderEliminarGosto da velocidade do texto por causa das palavras curtas.
Muito bom!