PRESIDENCIALISMO DE MAUS RESULTADOS



Nesta semana assistimos a mais um espetáculo deplorável do mau exercício da Política no Brasil, que foi a aprovação da MP DOS PORTOS. O projeto não é ruim. Ruim é a maneira do que sem tem que fazer para aprovar qualquer assunto de importância no Congresso Brasileiro. Outro passou despercebido que foi a recusa da Implantação do Voto Distrital para as Eleições Municipais de 2016 pela CCJ – SENADO para as cidades com mais de 200 mil habitantes, que seria um “principio da Reforma Política” necessária. O que os 2 fatos tem em comum? TUDO.

A propósito de “proteção dos direitos das minorias” a estrutura partidária atual levou a tal segmentação dessa representação, que na verdade “em nada representa” minorias, mas tão somente uma “casa de apostas” de políticos incompetentes e sem expressão, que se organizam exclusivamente com o objetivo de “levar vantagem em tudo, certo?”. Já nos grandes partidos, leia-se PMDB, uma minoria conhecidamente “fisiológica” sobrepõe sua “visão pessoal” à “visão e orientação partidária”. Seria uma agulha no palheiro? Ou é o próprio celeiro quem esconde a agulha?

Mais 4 anos se passaram e as Reformas Estruturais necessárias foram novamente postergadas e chegamos a outra Eleição Presidencial em que se discutirá a “paternidade do passado”, os “sucessos do passado”, e as “falcatruas do passado”, enquanto o futuro pouco importa. E a razão para isso é mais que evidente, porque os Políticos se preocupariam em mudar algo que os beneficia integralmente?

Governar em um ambiente político como esse é inviável e isso de certa maneira só beneficia aqueles que não têm propostas para o futuro. Ou seja, TODOS. Não vejo em Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos carisma e liderança para alavancar essas ideias e ideais e não vejo em PT, PSDB e PSB fôlego, quadros e estrutura para suportar essas mudanças.

É muito desanimador que um país jovem e promissor já esteja escravizado pelo que existe de mais velho e as classes mais baixas, que festejam as “bolsas”, não se dão conta de que a dignidade vem pelo trabalho. Muitos dizem que a “essas classes” interessa exatamente o que recebem. Se isso é verdade, a situação é muito pior do que se pensa. Macunaíma representaria com fidelidade uma Nação.

Antônio Figueiredo, o @ToniFigo1945, é economista e agora, além do tradutor da conjuntura econômica da América Latina - e do mundo - para o blog, é autor de livro.

(Photo: Jornal da Comunidade)

Comentários

  1. Toni, sem dúvida você tem razão sobre a forma como o governo federal, inabilmente, conduz ou deixa de conduzir as articulações daquilo que deveria ser - ou não - de seu interesse.

    Mas a votação da MP dos Portos trouxe à tona um chororô que não se justifica. Independente do mérito da MP, a justificativa que alguns senadores usaram de que "não conhecemos a matéria" para não votar é uma mentira desavergonhada. Não se trata desta MP, em particular, conforme já disse. Trata-se do discurso para enganar trouxa, de acordo com o que seja o interesse de cada um: nenhuma MP tramita em segredo, tem 60 dias de discussão, inúmeras audiências públicas. Portanto, não se inteira da matéria quem não quer. Até nós, que nada temos com votação, acompanhamos pela internet e TV Senado.

    Todos os métodos são equivocados nestepaiz. Do governo até o método do eleitor que simplesmente nada analisa, apenas comenta o que lhe vem às timelines, sem ler com calma e sem raciocinar.

    Este é o Brasil do oba-oba. Em tudo o que há.

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares