DILMA E A OPERAÇÃO PASADENA: AS RAZÕES DA CONFISSÃO DE CULPA

(Imagem da fanpage Obrigado Dilma)

A compra escandalosa pela Petrobras de uma refinaria em Pasadena, no Texas, sucateada e que para nada tem serventia, hoje é investigada pela Polícia Federal, pelo Ministério Público Federal, pelo Tribunal de Contas da União e, em breve, por uma comissão do Congresso. Especula-se, desde entre os formadores de opinião até aqueles que têm pelos primeiros a opinião formada, que por trás desse episódio teria o dedo fantasma de Lula. Teria sido um "vazamento" dele com o objetivo de tirar mais um pouco do chão onde Dilma já teve os pés fincados: a possibilidade de reeleição, que a cada dia se torna também uma improbabilidade. Faria todo o sentido se a compra que foi concluída em 2012 não tivesse sido iniciada ainda sob o governo do Garanhão de Garanhus. Dilma era presidente do Conselho da Petrobras e ministra-chefe da Casa Civil de Lula. O presidente da companhia, José Sérgio Gabrielli, foi lá colocado por Lula. Era íntimo do então presidente, freqüentador da piscina do Alvorada. Claro que uma maracutaia grande como esta "negociata" - conforme definição do senador Aécio Neves - respingaria no Lula. Não estamos mais em 2005 quando ele conseguiu se safar do mensalão. E Lula pode não ser muita coisa, mas certamente também não é burro.

Ao assumir, em nota oficial, que assinou a compra de refinaria de Pasadena causando um prejuízo à Petrobras de mais de R$ 2.3 bilhões de reais, a presidente Dilma Rousseff joga com as razões que, a qualquer momento, virão à tona: por que Dilma teria trazido esse assunto aos holofotes? Por que jogar no próprio colo essa responsabilidade sob a qual pode e deve responder por vias judiciais? Justamente por uma orientação jurídica. Tem-se conhecimento que a venda está sendo investigada nos Estados Unidos, onde a turma do PT não tem poder sobre Bureau de Investigações e sobre Suprema Corte. A causa dessa surpreendente confissão de dona Dilma pode estar, como já se sabe haver muitas, nas ligações do ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, considerado uma espécie de “caixa-preta” da estatal e preso nesta quinta-feira, 20, no Rio de Janeiro pela Operação Lava-Jato da Polícia Federal, quando tentava destruir justamente provas da chamada operação Pasadena.

Quem tem seu companheiro de armas, o José Eduardo Cardozo, como ministro da Justiça e chefe da polícia federal (que está fazendo seu trabalho, até onde se sabe, impecavelmente, registre-se) pode ter sido avisada com antecedência da iminente prisão de Paulo Roberto Costa. E que, com ela, não apenas esse aval dilmista para a compra da refinaria emergiria, como todo o esquema de lavagem de dinheiro - estimado em 10 bilhões de Reais  - que suspeita-se, exista em torno da Operação Pasadena, viria à tona sem a possibilidade de um controle de danos por parte do Palácio do Planalto. A declaração foi calculada.

É muito difícil que o dinheiro do mensalão, além do saldo da própria compra da refinaria, não tenha passado por essa lavanderia de R$ 10 bilhões. Ao dar a tal declaração Dilma atirou com duas submetralhadoras nos próprios pés. Mas pode estar tentando mesmo é salvar, além de si, o próprio Lula de algo muito maior que uma autorização de compra fraudulenta.

Comentários

  1. Que espetáculo, Regina!! Orgulho enorme de ser sua amiga. Bjs

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