A TRAGÉDIA DE EDUARDO CAMPOS E A INVESTIGAÇÃO INTERNACIONAL


Peritos americanos e canadenses vão ajudar a investigar o acidente aéreo que vitimou Eduardo Campos, seus assessores e os dois pilotos. Serão cinco especialistas, entre eles, representantes de órgãos investigadores de acidentes aéreos dos dois países e técnicos das empresas fabricantes da aeronave e do motor. Ainda não se publicou, mas não seria errado deduzir que as seguradoras também tenham investigadores dedicados a esclarecer as causas da tragédia.

Já surgem aqui e acolá, via imprensa ou opiniões nas infovias sociais, críticas contra as investigações. Não se deve, nunca, enveredar por esse caminho quem realmente quer o esclarecimento de todos os fatos concernentes ao acidente. De todas as dúvidas - é comum em eventos dessa magnitude que existam - que cercam as explicações até o momento, nenhuma delas é mais intrigante e palpavelmente inconsistente como a falta da gravação da caixa preta do avião. Não é um mistério que resista a uma boa investigação, no entanto. Porém, como as autoridades da FAB que comandam as investigações, todas subordinadas ao governo Dilma Rousseff, registre-se, se apressam em justificativas que alimentam as teorias da conspiração de um atentado, e sendo inclusive do interesse de quem tenha responsabilidade sobre o ocorrido que as teorias conspiratórias, por causa da impossibilidade de provas, permaneçam em destaque, é cada vez mais importante que a investigação do fabricante Cessna seja desejada por quem quer a verdade. Mais, apoiada.

Aqui não se fala em teoria da conspiração que acusa atentados, porque todas, além de infames por calúnia, não se sustentam pela lógica dos fatos. Atém-se à hipótese de que foi um drone descuidado que causou a queda da aeronave, conforme surgem especulações através de notícias anteriores ao acidente de operações desajustadas e descontroladas exatamente naquele espaço aéreo Guarujá/Santos. Já é mais que suficiente para que o governo, via FAB, tente esconder, camuflar, desviar, dificultar e mascarar a investigação. 

É justo considerar que seria, para a imagem da Dilma em plena tentativa de reeleição, um prejuízo inenarrável que um erro dessa magnitude, obviamente não proposital mas ainda assim uma grande falha da FAB que ela comanda, tenha causado 7 mortes. E justo quais, de um candidato concorrente e que causou uma comoção imensamente maior na opinião pública do que causaria um outro acidente. Abafaria ou não o governo qualquer investigação? Ora pois, quem não tem competência para saber quanto é o resultado de 13 - 4, quem não parece capaz de brincar de autorama, não deve operar drones, em área de pouso de aeronaves civis e comerciais, certamente. Brincar com um joystick é uma coisa. Causar mortes por ingerência e incompetência com tecnologia de objetos voadores não tripulados é outra totalmente diferente, e gravíssima. Dilma jamais se recuperaria eleitoralmente da sua responsabilidade nessa tragédia, caso a tese se confirmasse por uma investigação.

Há um sem número de razões, portanto, para se festejar, e mais, apoiar a investigação dos norte-americanos e canadenses. Diferente do que ocorre nas cortes aparelhadas tupiniquins, nos USA, onde processos criminais e civis por responsabilidade correrão, são casos levados a sério e com pouca ou nenhuma gerência de governos sobre decisões judiciais. Tanto a Cessna, quanto a fabricante do motor (e as seguradores) estão sujeitas a penas duríssimas, com bilhões de indenização às 7 famílias em caso de falha do equipamento. Na Corte americana há a previsão até de prisão para casos assim. Logicamente que as empresas têm todo direito de proceder investigações profundas, sérias, com gente muito competente. E que sejam céleres.

Mais que direito à investigação para a proteção da sua imagem e de defesa em possíveis ações judiciais, os fabricantes do avião e do motor têm a obrigação de uma investigação muito séria, por razões de segurança. Se há uma falha no equipamento, no seu projeto, é urgente que se tirem todas as aeronaves do ar. Levem as crianças para a garagem, como se diz no automobilismo, em caso de perigo iminente. É obrigação das empresas que refaçam os projetos e corrijam as falhas, é tão evidente isso! É responsabilidade dos fabricantes garantir que outros acidentes, vitimando mais seres humanos mundo afora, não ocorram e isso só será possível mediante as descobertas do defeitos. Somente esta razão já bastaria para que nem na imprensa e nem nas opiniáticas redes sociais houvesse quem tenha a coragem desumana e irresponsável de criticar tais investigações. Quem o faz, pode-se apontar sem medo, é por má-fé. Muito provavelmente por uma má-fé governista-petista intrínseca em seus argumentos absolutamente contestáveis.

Ao resto de nós, aqueles que desejam sempre a verdade independente de ideologias, cabe-nos ter em mente que o governo federal petista de Dilma Rousseff acochambrar uma investigação de forma a não esclarecê-la será plenamente aceito pela imprensa tupiniquim amiga do PT. Portanto, desta vez, a verdade está lá fora. Devemos desejá-la mais que nunca.

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