MARINANDO: RASCUNHO DE GENTE FELIZ



CorruPTópolis, estepaiz que um dia foi o Brasil, vive sob o efeito de uma massa de propaganda ilusória há mais de uma década. Ao que indica a opinião publicada, ruma para algo infinitamente pior, que é a propaganda ilusória não de um país, como foi vendido pelo PT e comprado pelos eleitores com Lula e Dilma, mas compra, entorpecido, a propaganda ilusória da Utopia totalmente distópica do Paraíso, o Nirvana Ecocêntrico, o Éden sem chão e nem céu, apenas sopro de uma promessa. Desta vez, a extrema-esquerda festiva apresenta, para por em prática esse delírio, a única petista histórica que tem, além de Lula, a técnica misancênica necessária para o exercício da desfaçatez plena: Marina Silva.

Os governos Lula e o de Dilma que finda tentaram, através da invenção da Classe C, a que vai ao paraíso pelo poder de compra falsamente mantido pelo crédito, que a felicidade os mantivessem no poder. Para tanto, até um "convênio" com a Fundação Getúlio Vargas foi firmado para que esta, com o intuito de ajudar o governo federal a, supostamente, elaborar políticas públicas, desenvolvesse o FIB, índice para medir a riqueza do país no lugar do PIB: Felicidade Interna Bruta. A vida como uma propaganda de margarina. Deu certo até a incompetência completa de Mantega na economia, causando a ruína financeira desse rascunho de gente feliz e consequentemente a quebra da ilusão de que Lula/Dilma eram bons.

A insistência numa ditadura da felicidade tem objetivos específicos. Um deles é de favorecer a permanência dos agentes de governo cujos bolsos ficam cada vez mais abarrotados de taxas de sucesso, em episódios de corrupção, lavagem de bilhões, Mensalão, Petrolão, aviões fantasma caixa 2. Pois bem, além da excrescência do FIB, já existia, antes, a PEC da Felicidade do senador Cristovam Buarque, aquele que tem cara de quem nunca comeu e mesmo assim não gostou. Pois este senador que é um tipo de dublê do Eduardo Suplicy - monotemático mas sem o ônus de ter sido senhor Marta, claro - já dá, inclusive, entrevistas como possível ministro de estado da dona Marina Silva. É a fome com a vontade de comer: o bobo alegre e a sonhática que, aliás, também apontou que contará com o outro bufão como ministro, o Suplicy, este que o povo de São Paulo, finalmente, relega para o seu devido lugar: a insignificância fora do Senado Federal. 

Estados fundamentalistas, em regra, não prezam pelo desenvolvimento da nação, porque país desenvolvido é sempre inconcebível com um povo omisso, acomodado, inerte, inerme, incapaz de reagir aos absurdos que alimentam as benesses da turma do poder. Para criar tal natureza passiva no povo facilmente dominado, nada funciona mais que a ideia da felicidade coletiva, suprimindo obrigatoriamente qualquer traço de felicidade individual atingida por pequenas coisas do dia-a-dia, conquistadas por mérito próprio. Não. Governos formados por extremistas tirânicos se estabelecem apenas onde conseguiram criar a ilusão da felicidade. Pessoas felizes, de bom coração, sonháticas, têm a mente desarmada. Não devem reagir jamais contra o que não seja bom porque não é bonito guerrear. Vê-se isso claramente no coitadismo pregado pela imprensa na campanha eleitoral: não se pode dizer uma verdade sequer sobre a sonho-lunática que acusam, chorando, que é ataque baixo. 

Nada isso é sem razão. Esse tipo de "líder" messiânica, via instrumentos que disporá aos montes para implantar o totalitarismo, apenas terá sucesso se criar, desde já, uma geração de imbecis acovardados, sob a película de "gente decente" a pregar o amor e a felicidade como padrão Nova Política. Fará da CorruPTópolis do PT um enorme mural do Facebook: tudo é lindo e maravilhoso, mesmo sendo falso como uma nota de 13 reais. Ou 40 reais, a roupa nova da rainha neste momento (até que o partido fundamentalista da sua seita, criado pelo Pastor da hora, seja oficializado).

Essa promessa do sonho sonhático e lunático da Utopia é a saída para quem, ao governar, não quererá jamais que o país produza riquezas, basta produzir felicidade. De quem sabe que, por mais que seu discurso falso no período eleitoral diga o contrário, não promoverá, tanto por não querer quanto por ser incapaz, o crescimento econômico. Neste nosso país que já foi Brasil o PIB só não está negativo há tempos por causa do agronegócio, o que menos depende de governos para existir, e é justamente o que mais é achacado pela corrente eco-ideológica desta atual promotora da felicidade que Lula tanto desejou escravizar nos brasileiros. Povo feliz, logo, país rico, e nada melhor que uma emenda à Constituição e um "ministro" tão lunático quanto a sua presidenta para criar este Estado de Bem Estar Psicodélico. "Vida de gado, povo marcado, povo feliz" tem poeira de Woodstock, ranço de bicho-grilo, cheiro de cannabis, mas é verso de canção perfeito para ilustrar o que estamos vivendo, se misturado ao Daime dos redemarineiros, melhor ainda. 

Todas as ditaduras e governos tirânicos do mundo, em todos os momentos da história, foram erguidas e mantiveram-se em nome da felicidade do povo, pelo amor do governante (o tirano) ao seu povo. Felicidade suprema escraviza. Quando chegar a hora em que todos (a começar dos que jamais votarão nesses lunáticos tão somente porque além de honestos, trabalham duro para sustentarem-se) seremos levados para o forno, tangidos, sem espírito, cabisbaixos, sorumbáticos, já destituídos de todo tipo de própria vontade, de amor-próprio, de auto-estima que um dia foi falsamente elevada a altos índices, vejamos quem reagirá. Vejamos de quem ao menos os gritos na hora da morte serão ouvidos. Se os gritos de resistência ouvidos serão o dessa gente feliz cheia de amor no coração, que atinge orgasmos tântricos ao ouvir a pregação de palavras doces de eterna bondade em um mundo perfeito de alegrias compartilhadas, ou dos racionais e honestos que conservam a dignidade altiva de defender a capacidade individual de julgamento, sem medo de demonstrar o sangue nos olhos e o fogo nas ventas, sem temer a reação do ódio à tirania que é o único capaz de motivar a guerra em nome de sua honra e liberdade.

Você que não me conhece pessoalmente pode ter certeza que, se houver uma só pessoa gritando dentro do matadouro da tirania fundamentalista que nos levará à extinção, você conhecerá o tom da minha voz pelo volume do meu grito. Não serei, jamais, acusada de isenção. Felicidade sonhática é o escambau, seus malandros! Como disse o finado ex-presidente Itamar Franco, na época do laçamento dessa tal PEC da Felicidade: "Leio que a 'felicidade' se tornará um direito Constitucional. Tudo bem! E daí? Quando estivermos infelizes iremos cobrar de quem?" Pois bem. Se a ilusão da Utopia Sonhática desses psicóticos não chegar à UTI no hospital, ao remédio no posto de saúde, ao bandido viciado em crack solto nas ruas e que mata o pai de família, à criança que cresce e chega no ensino médio semi-analfabeta, vamos cobrar de quem? De uma messiânica lunática? Você que vota nisso aí vote sabendo que não é possível cobrar nada de quem não apresenta consistência de propósito. A resposta será uma só: "eu te vendi um sonho, você comprou porque quis. Todo sonho chega ao fim quando se acorda. Não me cobre nada, você sabe que sonho não se pega na mão."

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